10 passos para atender com excelência e se tornar referência na sua região
Quero começar falando sobre a importância de você atender bem. Aqui vou passar 10 passos para atender com excelência, começar a trilhar esse caminho e buscar ser autoridade aí na sua cidade, na sua região.
Aproveite mais conteúdos do nosso canal do youtube, inscreva-se clicando aqui!
Essa é uma meta que você pode estabelecer.
Uma das perguntas que eu mais recebo é: como conquistar pacientes. Como vender esse serviço para as pessoas. Muitos me perguntam e muitas das pessoas que me perguntam sobre esse assunto, sabem muito de auriculoterapia, têm uma técnica refinada, conhecem, dão um show quando o paciente está na cadeira ou na maca, mas não sabe trazer o paciente para dentro do consultório.
A técnica é boa, mas não tem paciente.
Confesso que isso me incomodou e eu fiquei pensando como poderia ajudar a resolver esse problema.
Foi pensando nisso que eu preparei o conteúdo de hoje e foi pensando nisso que eu tenho feito alguns conteúdos falando sobre esses mecanismos.
Hoje, vou falar sobre os 10 passos, mas eu quero abordar com vocês os 3 “Es” que a gente fala sempre que eu acho tão importante para que você também tenha uma base, para que você esteja preparada para esse momento. Eu pensei em como é possível oferecer um atendimento de excelência ao seu paciente. Você traz seu paciente para perto para que ele tenha o resultado esperado. O seu paciente, quando chega até você, tem expectativas. Nós temos expectativas. Por exemplo, vocês quando leram o título criaram expectativas. Então, o seu paciente quando chega para você muitas vezes ele está sofrendo, ele está com dor, ele está abatido, ele não tem ânimo, então ele cria essa expectativa.
O que você precisa fazer para que esse paciente interprete isso, que ele tenha o resultado esperado, que ele possa retornar, que ele possa te recomendar, que ele possa falar do seu serviço para outras pessoas.
Eu estruturei os 10 passos para que esse atendimento que você vai fazer para o seu paciente, seja um atendimento de excelência. No meu entender, são pontos que vão diferenciar você profissional. Que vai fazer com que você passe a surpreender seu paciente e fazer com que ele se torne seu fã. Sabe aquele paciente que traz a família toda, conta pra todo mundo, que te chama de anjo, ou de fada, ou de bruxa como alguns acabam fazendo com a gente. Ouço muitas alunas dizendo que os pacientes não querem deixar o tratamento por nada, não querem parar, não querem interromper. Têm medo de diminuir a sessão ou parar com a sessão. Por que? Por que depois que o paciente descobre resultados que a auriculoterapia oferece, eles têm medo de voltar a sentir o que eles sentiam antes e por isso eles buscam as terapias. Até mesmo aqueles que antes duvidaram da técnica, hoje são seus maiores fãs.
Hoje nós estamos aqui com um propósito.
10 passos para realizar um atendimento de excelência e se tornar referência na sua região
Qual o seu desejo?
Fica aí a minha provocação para que vocês comecem a pensar. Qual é o meu topo?
Mercado de trabalho no Brasil
O mercado de trabalho nunca foi tão competitivo.
Existe competição? Existe, mas temos que nos acostumar com isso e você não compete apenas com outro auriculoterapeuta, você compete com outros profissionais que praticam outros tipos de terapias, você compete com a farmácia, você compete com o sistema de saúde, você compete com todo mundo que traga uma promessa de resolver o problema do seu paciente. Você está lidando na área da saúde. Lembre disso. A competição não é com o auriculoterapeuta, é com todos os meios. Agora, se você olhar para a atual realidade, o que está acontecendo? Infelizmente, tudo que está acontecendo e que está sendo prometido para resolver os problemas de saúde do paciente, não estão dando conta da demanda. Então tem paciente para todos. Não se fala em escassez de pacientes, ao contrário.
Vou te dar 3 exemplos: 60 milhões de brasileiros sofrem com dor crônica, 30% são hipertensos e 20% são obesos.
E por que você precisa se diferenciar? Porque muitas vezes você vai ter que competir com o ruim, com o que está trazendo problemas, então você tem que se diferenciar dele. Isso que você tem que fazer, o mais importante.
Estar aqui hoje, na live de hoje, vai te dar alguns insights, vai te dar ideias que você não tinha pensado.
Necessidade constante de diferenciação: técnica, conhecimento. Aqui entra o conhecimento, o estudar que estamos falando. Você precisa estudar? Precisa! Você precisa refinar a sua técnica. Precisa conhecer mais os problemas da saúde do seu paciente, se dedicar a ele. Você vai estudar como ele está, como se comporta, reage às emoções. O que está atrapalhando, se está tomando medicamentos, se não está. Tudo isso vai fazer parte.
O valor da consulta não é o que vai fazer a diferença
Isso aqui também é outro fato importante, porque às vezes a gente acha que o nosso problema é o valor da consulta. Isso não é verdade. Não é o valor da consulta que vai te trazer mais ou menos pacientes. “Vou cobrar R$20,00 porque assim terei mais pacientes” – doce ilusão!
Teu paciente não te procura pelo preço. E se está te procurando pelo preço, sinto muito. Você terá um cliente muitas vezes ruim. Você precisa conquistar o cliente pelo resultado acima de qualquer coisa. Pense nisso. Não é o valor da consulta. Não é isso que fará a diferença.
O paciente quer resultado: quer ter o problema resolvido
E hoje não importa o valor, vários colocam as suas consultas em R$ 60, R$ 70, R$ 80. Vários colocam R$ 100, R$ 200, porque sabem que podem fazer e acontecer. Porque vão trazer resultado para esse paciente, vão aliviar a dor dele e olha o quanto às vezes ele está gastando com outros tratamentos ou medicamentos.
Observar a biossegurança é obrigação e não diferencial
Há um tempo atrás, talvez um pouco antes da pandemia, um auriculoterapeuta usar luvas, até poderia chamar atenção: olha que legal o cuidado. Hoje é uma obrigação. Usar máscara, é uma obrigação. Deixou de ser uma diferenciação.
Sempre falamos isso em relação à qualidade: qual a sua diferenciação? Eu faço um atendimento de qualidade. Sendo que atendimento de qualidade é obrigação. É o mínimo que você pode fazer para o seu paciente. É o mínimo que ele vai esperar. Biossegurança é o mínimo. Ele quer que você tome cuidado por você e por ele, que você não contamine outros pacientes. Então, muita gente nesses tópicos já começa a ter sua visão.
Vamos então aos 10 passos para atender com excelência
1- Conhecimento
Você precisa saber o que está fazendo. “Eu vou tratar um paciente com dor”, ótimo. Você precisa saber fazer as perguntas certas. É uma dor crônica, é uma dor aguda, de onde ela está vindo? Etiologia, origem, ela tem um componente emocional? Tudo isso vai fazer a diferença para o seu paciente.
Conhecimento, estudar, pesquisar, faz parte.
Escutando e estudando você vai adquirir conhecimento. O escutar é quando você captura o conhecimento, o estudar é quando você aprofunda todo esse conhecimento.
2- Dedique tempo na sua consulta para uma boa anamnese
Isso é fundamental. Por que? Porque, digamos que o meu paciente chegue com muita dor no ombro direito. Aí você coloca o ponto do ombro ou faz uma terapia pensando na dor no ombro e quando você vai ver o paciente relata que não melhorou e aí? Sabe por que? Por que o problema muitas vezes pode não estar no ombro, mas você não perguntou mais nada, já chegou para ele falando “O que te trouxe até aqui?” e ele respondeu que estava com dor no ombro e pediu que você aliviasse a dor dele. Aí você vai, pega meia dúzia de sementes, porque você não é um profissional fora da curva, coloca meia dúzia de pontos ou enche de pontos e reza para que dê certo. Não gente! O que você tem que fazer? Pega sua ficha de anamnese e começa a conversar com o paciente. Pega os dados, a profissão interfere nesse caso. É só trabalhar essa questão. E não é só isso. A dor no ombro não melhorou. Pergunte: onde começou a sua dor? O paciente pode relatar: começou com uma dor no pescoço, mas hoje eu não aguento de dor no braço. Então a minha dor na cervical irradiou e ela pode ter dormido do lado que está doendo, pode ter passado roupas e ter aguçado a dor e ela lembra dessa dor. Só que a origem foi na cervical e aí você não perguntou.
Se você não trata a origem, muitas vezes pode não resolver, porque ela está na base, ali ela tem uma compressão. Fadiga? O que pode ser? Comece a investigar mais. Estou com dor. Começou quando? Por quanto tempo? Qual a origem? Eu tenho enxaqueca. Já foi investigar ? Uma enxaqueca pode ser um tumor, pode ser um câncer, imagine você tratar um paciente que nunca foi investigar, que não sabe o que tem, que não fez uma ressonância para descartar outros problemas? Fique presente para isso. Dedique tempo para a sua consulta. Uma boa consulta de anamnese. Se o paciente for, por exemplo, um cirurgião dentista, ele vai ficar muito tempo com a cabeça baixa. Caso ele seja sedentário, essa característica piora, essa dor vai piorar. Se ela for uma manicure, a mesma coisa. Olha como você vai desenhando. Então, o paciente vai melhorar se vai permanecer com o hábito? Adolescentes que estão com dores, ficam o tempo todo no celular. Observe o seu paciente, observe os hábitos. Você só vai saber de hábitos se você conversar com seu paciente, porque ele não vai chegar te falando.
3- Relacione com atenção todos os problemas relatados pelo paciente
O paciente vai te contando e uma coisa que eu vejo ser um desafio é que muitos auriculoterapeutas ficam preocupados e têm dificuldade de tratar pacientes poliqueixosos. Por onde começar? Qual é o problema, o que está acontecendo com esse paciente? Como eu vou avaliar esse paciente? Aí vem a diferença dos homens e dos meninos ou das mulheres e das meninas. O profissional que está se capacitando sabe que tem um ponto que ele vai tratar dois problemas. quando você relaciona todos os problemas, não fica assim: o que te trouxe hoje? Uma dor de cabeça, aí você faz o ponto para dor de cabeça e no meio o paciente relata outros problemas. Antes de você atendê-lo, investiga tudo, pergunta tudo e faz uma lista. Quando você for fazer uma lista você já vai tendo tempo para pensar no que esse paciente precisa. Então essa é uma dica: primeiro relacione todos os problemas, porque ao lado você pode ir colocando as soluções possíveis, você vai começar a ter ideias: esse ponto serve para isso.
Por exemplo, vamos dizer que o meu paciente está com uma dor lombar violenta, atacado da rinite também. O que incomoda na crise alérgica? Paciente vai relatando. O que incomoda na lombar? Está passando, está irradiada? Agora eu vou pensar para lombar anti-inflamatório que eu posso pensar no mesmo anti-inflamatório para doença alérgica. Percebe? E eu posso colocar o anti-inflamatório que vou atingir tanto a parte de inflamação quanto a parte de alergia. Eu dou um salto. Com um ponto eu vou tratar duas queixas. Por isso relata tudo e anota tudo o que o paciente disse para você pensar em uma solução para ele. Isso porque estamos falando de um atendimento de excelência, estamos falando de um paciente que está ali buscando resultado e você está se comportando como um profissional fora da curva, que é isso que você tem que buscar ser para se tornar uma referência na sua cidade. Você acha que qualquer profissional, um profissional mediano vai fazer isso? Vai conseguir ? Você tem que aprofundar.
4- Priorize a principal queixa do paciente na 1ª sessão
Mas você acabou de dizer para anotar tudo para buscar a solução e agora diz para priorizar a queixa principal?
Como vai funcionar? Como vou encontrar a solução se o paciente é poliqueixoso e você pediu para priorizar a principal queixa?
Hoje em dia, a gente brinca, que estamos em uma sociedade “miojo”. O que é a sociedade “miojo”? Ela quer tudo pronto muito rápido, igual o macarrão instantâneo. Não é assim, porém, se você não fizer nada para a queixa que o paciente está buscando resultado, você não vai dar o resultado que ele espera e às vezes nem é o que ele precisa tanto, mas é o que ele deseja. Então você dá ênfase e tenta resolver o mais rápido possível o que ele está vindo buscar e aí você vai fazendo o que ele precisa. Como assim? Por exemplo, o paciente chegou com dor mas ele está com sobrepeso, vamos dizer que a dor dele é no joelho. Ele está com muitos problemas no joelho, dores insuportáveis e está com sobrepeso. O sobrepeso, a obesidade vai causar danos aos joelhos, vai sobrecarregar. Nós sabemos disso, mas vai adiantar falar para ele que ele tem que emagrecer, que ele tem que ter o intestino funcionando, que ele tem melhorar a ansiedade? Muitas vezes não vai resolver. O que ele está buscando com você naquele momento? O alívio da dor. Não pode deixar esse paciente com dor. Tem que fazer algo para tirar a dor dele ali, mesmo sabendo que ele precisa atacar a obesidade, porque quando ele diminuir o peso ele vai aliviar os joelhos e facilitar o processo de restauração.
Claro que existem casos e casos, mas é melhor que ele fique com você fazendo auriculoterapia do que tomando anti-inflamatório ou pior, corticóide, que retém líquido. É nesse sentido que eu quis dizer: o paciente quer ter resultado na hora. Se você pode melhorar a queixa dele na hora, o faça. Caso o paciente chegar para você com insônia, você resolve o problema de insônia dele o quanto antes. Se o problema dele é emocional, foca no emocional. Priorizar não quer dizer que o tratamento é único. Eu posso fazer para outras queixas também. Posso fazer para dor, para ansiedade, mas muitas vezes se ele tem muitas dores não adianta eu fazer para ele um protocolo de obesidade que exige mais pontos se ele precisa eliminar a dor. Ele veio até mim pela dor. Aí eu digo para o paciente que ele precisa parar de fumar porque não é saudável. Tudo bem, não é saudável, mas vamos convencê-lo de fazer? Pode ser que sim, que seja transformador para ele também, mas no momento ele está vindo a mim para dor. Aí eu vou atendendo aos poucos. A primeira opção é a dele, o que ele quer resolver. Acrescento o que eu consigo e o que eu não consigo eu posso tratar nas próximas sessões, mas eu tenho que dar resultado.
5- Analise de forma criteriosa a combinação de pontos
Nessa questão de pensar nos pontos, eu gosto de falar que na auriculoterapia menos é mais, sempre. Quanto menos pontos eu colocar no meu paciente, mais tempo ele vai permanecer com o estímulo, porque às vezes o estímulo pode ser doloroso. Principalmente se ele está muito desequilibrado. Então eu preciso trazer essa consciência para ele, eu preciso melhorar. Uma coisa que eu acho fundamental analisar é saber que eu posso fazer uma combinação inteligente de pontos. Quanto mais eu estudo, mais eu escuto, mais eu me preparo para o momento de executar. Percebe como eles estão interligados?
Quando eu sei os pontos, quando eu escuto sobre os pontos, quando eu treino a localização, no próprio mapa, no próprio papel ou em uma orelhinha, aí eu vou marcando em caneta na orelha de alguém, por exemplo, e aí eu vou para a execução, favorece o meu processo de aprendizado. Eu preciso saber que eu não estou colocando pontos a mais no meu paciente, mas também não estou colocando pontos de menos. Peguei esses dias um caso que não foi colocado o ponto local do problema ou não foi colocado o ponto de dor. A pessoa contou: coloquei tal tal tal, os três principais, analgesia e ansiedade. Só isso para um paciente com dor nível 8 -10 não vai resolver. Eu preciso fazer essa análise.
Quando eu falei no começo da dor no ombro e na verdade o problema era na cervical, se eu não pensar na combinação dos pontos que tenho que colocar a origem da minha dor, eu também não vou acertar minha combinação. Outros exemplos: queda de cabelo, zumbido no ouvido, podem ser muitas coisas. Se eu não pensar nos pontos certos para o zumbido não vou ter sucesso. Uma outra situação de uma paciente foi que a pessoa fez uma pergunta sobre labirintite. Ela colocou o ponto do ouvido e esqueceu de colocar o cerebelo. Era um labirinto muito grave, estava agudo. Se está em uma crise aguda o principal ponto para equilíbrio é o cerebelo. Percebe como eu tenho que ir além? Eu tenho que fazer uma análise criteriosa, não adianta se entupir meu paciente de pontos, mas não posso colocar pontos a menos do que meu paciente precisa. Então, atenção.
6 – Analise as individualidades do paciente
Aqui entra o que eu falei no começo da avaliação da anamnese, de fazer uma boa anamnese, mas aqui vai além. Porque às vezes, na minha ficha de anamnese não tem escrito: qual seu hábito preferido? O que você gosta de fazer quando você está sem trabalhar, quando você está de férias, por exemplo? Normalmente não são perguntas que estão na anamnese. Mas se eu analiso as individualidades de cada paciente, eu posso sim fazer essa diferenciação. Se meu paciente é sedentário ou não, que tipo de exercício ele faz. As doenças que ele está me trazendo, se ele já investigou isso ou não. Se ele já fez imagem ou não. São situações relevantes que o paciente passa, muitas vezes, que eu preciso conhecer, que eu preciso saber.
Olha que interessante você trazer essa individualidade. As características da doença dele, também fazem parte disso. A profissão, faz parte disso aqui também. Se usa muito celular. Se é adolescente e está com insônia: que horas dorme? Que horas acorda? Tivemos um caso de uma aluna que disse que o paciente dela tinha insônia. Perguntei que horas ela dormia, respondeu às 3h da manhã e acordava ao meio dia. Essa pessoa não tem insônia, ela só não está equilibrada, não está regulada. Por que? Porque fica no celular, porque fica no game. Então isso são hábitos. Mas você só vai ter esse conhecimento se você perguntar, se respeitar e analisar a individualidade do paciente. Então eu preciso esmiuçar mais nossa área de atuação frente aos hábitos dos pacientes. Preciso trazer essa individualidade do paciente para meu dia-a-dia, para que eu saiba que não posso fazer um protocolo fechado de pontos.
“A Lirane falou que para tratar a insônia os pontos são: sistema nervoso central, rim, sistema nervoso autônomo e o ponto do sono.”
“Ela disse que para tratar enxaqueca tem que fazer os três pontos principais, frontal, temporal, encéfalo, occipital e analgesia”
“A Lirane falou, está no livro de Protocolos.”
Que ótimo! É bom você ter um passo-a-passo. Só que essa dor de cabeça pode ser hormonal, essa dor de cabeça pode ser hábito, essa dor de cabeça pode ser tensional. Pode ser do sorvete, pode ser de uma crise dentária, pode ser um câncer, um tumor. Percebe o cenário do porquê é tão importante eu individualizar o tratamento? O meu paciente é único e nessa hora da individualidade também, eu estou naquele momento presente para ele, respeitando a individualidade.
7 – Esclareça o período do tratamento, seus objetivos e as respostas esperadas
Perceba a importância da clareza na primeira consulta.
Aqui, quando esclareço o período de tratamento, eu tenho que falar para ele quais as minhas expectativas. Para que? Para que eu não encha ele de expectativas que não vão se realizar.
Se o seu paciente fez uma consulta e não voltou mais, você tem duas razões:
A primeira: você não resolveu nada, ele não sentiu nada. Para ele não fez efeito nenhum. Por que ele vai continuar?
A segunda: você deu tanto resultado que na primeira sessão já resolveu o problema dele.
Percebe que eu tenho dois problemas aqui para resolver? Como eu saio dessa sinuca?
Você já parou para pensar como você faz para sair disso? São dois problemas que eu escutei vários alunos me trazendo. Tudo por falta de clareza na primeira consulta.
Na primeira consulta, você chega para o paciente e já tem que alertá-lo. Por exemplo: Clanir chegou e veio fazer uma consulta comigo. Clanir, o que podem acontecer duas situações. Nesse momento pensei, eu idealizei uma sequência de pontos para você, que estou fazendo nesse momento, pensando na sua dor, na sua inflamação, isso e aquilo. Essa é uma linha, uma abordagem. Pode dar um ótimo resultado, já na primeira sessão, você já sente alívio e ótimo, mas eu recomendo que você faça pelo menos 4 sessões para você equilibrar e a gente vai tratando a ansiedade e você ter um tratamento duradouro. Para que isso não retorne em qualquer momento de estresse. Então, isso é um tratamento, vamos fazer pelo menos 4 sessões mesmo que você tenha resolvido. Aí vou tratar sua ansiedade, você perceberá que seu cabelo melhora, suas unhas melhoram, porque a gente equilibra sua parte metabólica.
Olha que linda fala. Não dá vontade de fazer auriculo? Não dá vontade de seguir um tratamento? Dá, né? Por que? Porque você deu expectativa mas você ajustou uma intenção. Você falou com ela, você não deixou ela no ar. Ela sabe o que ela vai enfrentar. Ela sabe que ela está pagando a consulta para você mas você não vai explorar ela de fazer 10 sessões se ela não precisar, que é algo mais grave que alguém pode fazer: entupir o paciente de sessão para fazer com que o resultado apareça. Você já está mostrando que o resultado pode chegar antes, mas que você precisa de 4 sessões para equilibrar o resultado, para manter o resultado, para aliviar a ansiedade. Aí, quem não quer melhorar a pele, melhorar os cabelos, melhorar as unhas, não é? Fazer um equilíbrio metabólico, desintoxicar o organismo, melhorar a concentração. Essa é a melhor maneira de vender a sua técnica, falar da auriculoterapia.
E a outra questão: eu fiz a seleção de pontos, pode dar muito resultado (e daí você vai falar desse jeito), mas também pode não dar resultado. Para você pode não ser a linha ideal. E aí o que eu vou pedir para você? Tudo que acontecer durante essa semana, escreva para você me contar na próxima consulta, porque aí terei outras abordagens, tenho outras linhas de raciocínio mais específicas para a gente ir testando, para buscar o melhor resultado.
Percebe que eu mostrei para ela que podem acontecer duas situações? Que a hora que acontecer não será uma surpresa?
Você não vai chegar para o paciente e dizer: vou colocar umas sementinhas aqui e vai doer, tá?
Quem quer um tratamento que vai doer, gente? Você quer um tratamento que dará resultado.
Você tem que falar para ele dos seus objetivos, quais são suas expectativas. Pode até dizer para ele: olha, seu problema é um problema crônico. E aí você está trazendo clareza para ele também.
“As respostas esperadas”, o que queremos dizer com isso?
Por exemplo, a Ana Paula veio fazer tratamento comigo e disse que precisa emagrecer e perguntou “quantos quilos eu vou emagrecer com a auriculoterapia?” Aí você pode até dizer: olha, eu já tive pacientes que emagreceram 4kg, 7kg, 10kg em 4 sessões. Eu posso dizer isso para vocês, tive alunos que passaram por isso, que emagreceram x, y e z, mas vai depender de cada caso. Vai depender do seu metabolismo. Há quantos anos você está tentando emagrecer? Traga a paciente para o momento presente. Se você não consegue o resultado ela pode jogar isso para você: mas você me disse que eu poderia emagrecer 7kg em 2 sessões, 3 sessões, 4 sessões. Não, gente. Você fala que vários pacientes já passaram por isso, é possível isso acontecer, porém depende do metabolismo e você tem que ver que você está procurando emagrecer há muito tempo e não está obtendo resultado.
É importante que o paciente saiba que ele escute. Porque ele pode ter chegado até você como “última esperança”. Normalmente nós somos a última esperança. Paciente já fez medicamento, já foi para endócrino, já tentou de tudo, fez exercícios, foi em nutricionista e nada resolveu. às vezes ela está fazendo isso e não está perdendo o peso que deve. Até porque o problema dela pode ser o sono e você descobre isso e você resolve. Percebe?
Clareza, setar intenção e expectativas alinhadas com o paciente.
8 – Faça as orientações para o paciente observar em casa relacionados com sono, alimentação e atividade física
Orientação paciente sobre higiene do sono. O que você precisa fazer para ter um sono melhor?
Você pode fazer isso para o paciente:
Alimentação: algumas dicas em cada área ou para emagrecer ou para melhorar a performance ou dicas de neuroamlimentação;
Atividades físicas: orientar o paciente
Isso aqui é muitas vezes fora do que você está fazendo de auriculoterapia, porém você está mostrando para ele que você não se resume somente a isso.
Eu não sou uma colocadora de pontos somente, eu sou uma profissional fora da curva, sou um profissional que quero me tornar referência. Então eu vou entrar mais para o meu paciente. Eu vou falar que é importante o intestino, quero saber como está, como é o sono, o que ele precisa fazer.
Falar para ele fazer exercícios, Lirane? Não é mais do mesmo? às vezes é, mas às vezes a maneira que você fala, faz sentido.
Você tem que ser o agente transformador da vida do seu paciente e aí você precisa traçar planos para ele. O meu paciente está em A. O meu paciente quer chegar em B. Eu estou sendo contratada para ajudá-lo a sair de A para chegar em B. O que eu vou fazer para isso dar certo? E começa a montar as estratégias que você vai fazer.
9 – Contatar o paciente no dia seguinte (ou pedir o retorno por whatsapp) faz com que ele se sinta acolhido. Se for necessário, refaça a consulta
“Oi fulano, ontem nós tivemos nossa primeira consulta. Como foi para você? Como você passou a noite? ”
Faça com que ele se sinta acolhido. Se for necessário refaça a consulta, não tem problema. Converse com ele, gaste um tempinho. Você está começando sua clientela ou está no meio e você precisa de mais clientes. Você precisa dar atenção, você precisa do resultado dele.
Esses tempos eu recebi uma massoterapeuta, eu precisava fazer uma massagem, estava com muitas dores no pescoço, trapézio, tensão. Recebi a massoterapeuta e ela começou a fazer a massagem e tal e ela fez tudo, menos na região que eu queria. Eu achei que era uma técnica diferente, que ela iria melhorar. Sabe quando você precisa? Eu estava cheia de ponto gatilho, eu precisava de uma massagem. Ela não fez o que eu queria, começou por aí, mas tudo bem. Entreguei nas mãos dela, porque eu pensei assim: ela sabe o que está fazendo. Ela fez massagem nas pernas, nas mãos, nos braços, nos pés mas onde estava doendo ela não tocou. Tudo bem, passou. Eu pensei: vamos ver, pode ser uma tentativa diferenciada.
Ao final da consulta ela falou para mim que eu tinha restrições para fazer massagens nos pés e que isso poderia deixar mais tenso ainda e foi embora. Paguei e ela saiu. Ela não agendou uma próxima consulta. Não entrou em contato novamente, nunca mais falou comigo. Se ela, naquele momento que eu estava fazendo o pagamento, tivesse dito: Lirane, quando nós vamos marcar a próxima consulta? Eu tenho vaga no dia “tal”. Fica bom para você?
Não é perguntar” vai querer marcar a próxima consulta?” ou “ se você quiser marcar a próxima consulta você me liga”. Nunca! Você nunca deixa na mão do cliente para fazer isso pra você. Você é que faz. Isso é o agente ativo e não passivo. Você tem que chegar para ela e falar: para eu ter o resultado esperado, o que eu desejo com você. Quero tirar sua dor, quero melhorar sua ansiedade, quero fazer teu intestino funcionar. Estou me mostrando o que? Preocupada com você.
Agora, ela viu que eu estava com problema, viu que eu estava com uma dor, ela perguntou como eu estava, respondi que ainda estava com dor. Ela respondeu que iria soltado, ia melhorando. Eu acreditei, paguei o valor da consulta e ela vai embora… Ali ela já tinha que ter dito: para eu resolver seu problema, preciso de pelo menos umas 4 sessões, 5 sessões. Vamos deixar agendada a próxima? Percebe que é o cuidado dela comigo? Eu iria me sentir cuidada. Eu iria pensar: eu tenho esse problema crônico, eu tenho essa dor no trapézio desde que eu era dentista. Então eu sei que eu não vou resolver em uma sessão. Se ela falasse: você está com um problema crônico, de muito tempo, está muito tenso. Vamos marcar novas sessões, vamos deixar agendada a próxima? Eu quero resolver esse problema para você. Eu ia me sentir cuidada.
Então, proatividade sempre. Lembrem disso. Se você puder, no dia seguinte mande uma mensagem ou dali dois dias, mas no dia seguinte é ainda melhor. Isso demonstra um cuidado e ao mesmo tempo colhe um depoimento.
10- Reavalie o seu paciente a cada sessão
A cada sessão você precisa ter um feedback do seu paciente, do que ele melhorou. Por isso que na sua ficha de anamnese você tem que mostrar exatamente isso para ele.
Você tem que chegar para ele e pontuar: na primeira vez que você esteve aqui, você me disse que estava com isso, isso e aquilo. Fiz para você uma técnica, após a nossa sessão, o que mudou para você?
Por que? Por que aí ele vai lembrar do que ele tinha.
Não chegue para o paciente perguntando como ele está se sentindo hoje, porque ele pode não falar em relação ao problema que ele apresentou na primeira consulta. O paciente às vezes esquece a queixa que ele fez no começo para você. Você pega a ficha clínica dele e pergunta: como você passou essa semana? Você chegou com dor, assim, isso, aquilo, estava com dor de cabeça, intestino preso, insônia. Como você ficou? Como está seu intestino? E a insônia?
Pergunte de cada item, pois aí o paciente vai correlacionando as melhoras dele ou não e temos que saber lidar com as não melhoras também. Faz parte. Nem sempre teremos sucesso em tudo. Como ele tinha muitas queixas, uma ou outra já pode ter melhorado. Valoriza essa melhora. Fale para o paciente: que legal. Que importante esse passo que a gente deu, de melhorar seu sono! O sono é a base para tudo.
Você não vai dizer assim: Ahh…mas que droga que não melhorou a dor! Nossa…
O paciente pode chegar dizendo “na verdade eu melhorei só o sono”. Valorize: você equilibrou o pior dos problemas, porque a hora que você equilibra o sono você equilibra até a sua fome por causa dos neurotransmissores.
Valorize a melhora que para o paciente muitas vezes passa despercebido. É importante comemorar pequenas vitórias, isso em tudo na vida.
Você já pode começar a pensar o que pode começar a implementar, o que pode mudar no seu jogo, transformar o seu atendimento. Isso vai te tornar uma referência na sua região e é claro que vai trazer mais pacientes, mais retorno financeiro.