Você é um dependente digital? Se sim, o artigo de hoje “Dependência Digital: Como tratar sem medicamentos” vai ser um auxílio para você!
A internet é uma rede de conexões globais que permite o compartilhamento instantâneo de dados entre dispositivos.
Os primeiros testes começaram em 1970, quando os militares americanos criaram essa rede para transmitir informações durante a Guerra Fria.
No Brasil, ela chegou apenas nos anos 90, mas de lá para cá, não parou de crescer.
É desafiador falar da dependência tecnológica, pois sem a internet não seria possível acessar esse blog.
Contudo, a dependência digital precisa de um limite.
Qual o limite entre o necessário para que eu aprenda, para que eu estude ou para que eu me vicie?
Analisando esse assunto é possível vislumbrar um excelente nicho de atuação com a auriculoterapia.
Dependência digital: o mal do século
O Brasil ocupa o 5º lugar no ranking mundial no tempo gasto com aparelhos celulares.
De acordo com pesquisa do Google – Nosso Planeta Mobile – 73% dos brasileiros acessam a internet todos os dias pelo smartphone.
Grande parte alega nunca sair de casa sem ele.
A dependência digital já é considerada patologia psiquiátrica em alguns países e estudiosos a associam à dependência alcoólica.
No Brasil é considerada como um transtorno que deve ser tratado por um psicólogo.
Conceito
Dependência digital é o uso em excesso de tecnologias digitais, gerando problemas no desenvolvimento do indivíduo, como na vida pessoal, social e profissional, podendo até ser uma ameaça à saúde e ao bem-estar do usuário.
Considerada um transtorno mental tão sério quanto a dependência química, apresenta sintomas como:
- O indivíduo prefere passar tempo online a conviver com pessoas reais;
- Sabe que passa muitas horas navegando, mas não consegue evitar;
- Mente sobre o tempo que passa online;
- Perde o controle do tempo na internet;
- Não sente prazer nas atividades fora da internet.
Malefícios ao usuário
- Queda de produtividade no trabalho e nos estudos;
- Problemas nas relações sociais e familiares, pois afeta a capacidade de socialização;
- Problemas físicos como dores musculares, devido a posição que o usuário permanece por um longo período de tempo;
- Problemas de saúde como obesidade, má alimentação, taquicardia, sudorese e irritabilidade e depressão, TDAH, bipolaridade e fobia social;
- Pesquisa de Harvard identifica que os dispositivos digitais podem interferir em tudo, do sono à criatividade.
A tecnologia veio para facilitar e melhorar a vida da sociedade, mas o comportamento de dependência está aumentando de forma descontrolada.
Algumas pessoas não conseguem largar os equipamentos mesmo em reuniões familiares.
Embora esses dispositivos possam melhorar o aprendizado e construir uma comunidade, eles também podem interferir no sono e até na criatividade.
As redes sociais proporcionam grandes encontros de pessoas que, se não existisse a tecnologia, sequer teriam a oportunidade de se ver.
Eu amo a internet, sou defensora dela, e o problema é o excesso, não a internet.
Internet na pandemia
Mesmo antes da pandemia a internet já tinha um destaque significativo na vida de todos nós. Mas com o confinamento, ela surgiu como uma alternativa para amenizar o impacto emocional negativo causado pelo isolamento social.
A busca por uma sensação boa pode trazer consequências ruins quando se ultrapassa a fronteira da distração.
O perigo reside na utilização constante e na perda do autocontrole, gerando dependência.
Para encarar a dor e o vazio, as pessoas cometem excessos diante do sofrimento emocional, usando como válvula de escape para fugir de suas aflições.
Não acredito na internet como vilã, mas sim o seu uso inadequado o grande problema.
Perguntas importantes
- Alguma vez você já sentiu que longe das redes sociais estaria desinformado?
- Passou pela necessidade de acompanhar constantemente o seu feed de notícias?
- Teve ansiedade por não saber o que estava acontecendo no mundo virtual?
Segundo especialistas, a dependência tecnológica de jogos ou redes sociais pode estar relacionada a outros transtornos mentais, e o uso do celular muitas vezes é uma fuga à depressão, ansiedade ou fobias sociais.
Muitas vezes vemos pessoas fugindo da realidade através da tecnologia por meio do acesso a celulares e às redes sociais.
Alerta: a Sociedade Brasileira de Pediatria desaconselha o uso de telas para menores de 12 anos.
O cérebro humano e as conexões neurais
O cérebro humano está constantemente construindo conexões neurais enquanto elimina as menos usadas, e o uso de mídia digital desempenha um papel ativo nesse processo.
Muito do que acontece na tela fornece estimulação “empobrecida” do cérebro em desenvolvimento em comparação com a realidade.
Uso de celulares no trânsito
De acordo com o Detran, o uso de celulares no trânsito aumenta em 400% o risco de acidentes.
Convide familiares e envie para seus amigos esse vídeo. São apenas 3 minutos:
Pontos de auriculoterapia
Se eu trato a dependência digital como vício, qual seria minha abordagem?
Minha primeira abordagem é de orientação sobre postura, atenção, interações sociais, sobre a visão.
Tratando dos pontos de auriculoterapia, posso trabalhar o ponto do vício, ponto do vago, encéfalo. Verificar se tem uma ansiedade por trás e tratar. É importante verificar também em qual contexto o paciente está inserido.
Como profissional da saúde é primordial alertar o seu paciente a respeito desses riscos.
É um assunto polêmico, cada um usa seu celular como bem entende, mas é importante passar essa informação, pois, muitas vezes, o paciente não sabe.
A luz branca interfere na produção de melatonina, por isso pode causar insônia.
As crianças ficarão cada vez mais dependente de telas, de celulares, vão ficar cada vez mais estressados, com insônia, com dor no pescoço, dor na lombar, dor nos polegares (LER).
Por isso é importante, tal qual orientar uma boa alimentação, orientar o paciente sobre esses assuntos e hábitos, quando for pertinente.
Referências
CAMILO, Centro Universitário. Disponível em: https://www.posead.saocamilo.br/dependencia-digital-o-que-e-e-quais-os-sinais/noticia/149
HARVARD, Medical School. Disponível em: https://hms.harvard.edu/news/screen-time-brain
PAULO, Jornal da Universidade de São. Disponível em: https://jornal.usp.br/atualidades/dependencia-tecnologica-pode-estar-associada-a-outros-transtornos/
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