A intenção aqui é mostrar a importância da libido feminina. Mostrar o que a auriculoterapia neurofisiológica pode fazer e ao mesmo tempo você, como um profissional fora da curva, precisa ter. Um conhecimento da parte hormonal é importante, e nós vamos falar de hormônios e neuro hormônios. E ainda, vamos falar como podemos prevenir alguns problemas, o que aumenta a libido e o que prejudica a libido. Mas, como aumentar a libido feminina através da auriculoterapia?
Por que é importante você saber disso? Porque um profissional fora da curva não é um mero colocador de sementes. O profissional fora da curva vai além. O conhecimento sobre o assunto vai fazer a diferença no seu tratamento, se não você estará fazendo mais do mesmo. A ideia aqui é que você se diferencie. Sendo assim, trarei aqui questões para que você reflita sobre o assunto.
Libido: desejo sexual. Instinto de busca pelo prazer sexual
Para a OMS a satisfação sexual é um dos aspectos considerados necessários para a qualidade de vida. O baixo desejo tem sido um problema comum entre as mulheres nas últimas duas décadas. À medida que a mulher envelhece, os níveis de testosterona diminuem, o que possivelmente contribui para uma diminuição da libido. A disfunção sexual feminina é um problema recorrente, que impacta a saúde e a qualidade de vida da mulher.
Uma categoria dessa condição é o Transtorno do desejo hipoativo feminino (TDSH). Caracterizado por deficiência ou ausência de fantasias sexuais e desejo por atividade sexual que causa sofrimento acentuado ou dificuldade interpessoal. Entre 30 e 40% das pessoas em todo o mundo experimentam uma falta de interesse por sexo pelo menos vários meses em um determinado ano.
Pesquisa – Projeto de sexualidade do Hospital das clínicas da USP
Além da falta de libido:
23% das mulheres sofrem de anorgasmia (ausência de orgasmo);
13% com queixas de vaginismo (contração involuntária dos músculos da vagina dificultando a penetração e causando dor – dispareunia);
18,2% das pacientes com dificuldades de chegar ao orgamo;
9,2% tinham dispareunia (dor intensa durante a relação sexual)
Causas para a diminuição da libido:
Cobrança social, tabu, família;
Culpa ou medo de decepcionar o companheiro;
Medo de engravidar ou contrair DST;
Estresse – rotina diária estafante;
Frustrações profissionais, financeiras, amorosas ou problemas no relacionamento;
Uso de medicamentos controlados (antidepressivos e ansiolíticos) e anticoncepcionais;
Doenças endócrinas: obesidade, diabetes, hipotireoidismo e disfunção adrenal;
Problemas fisiológicos: ressecamento, flacidez vaginal e dispareunia (dor durante a relação sexual)
Conexão emocional
Forças psicológicas que podem impactar na libido:
- Ansiedade
- Medo
- Estresse
Benefícios do sexo para a saúde:
- Fator de redução de estresse
- Melhora a autoestima
- Promove sentimento de intimidade e vínculo entre os parceiros
- Melhora o relacionamento
- Liberação de hormônios essenciais
Chuva de hormônios do bem-estar
Ocitocina: conhecido como “hormônio do amor”, favorece os sentimentos de amor e apego.
Dopamina: desencadeia sentimentos intensos de recompensa, desejo e prazer.
Endorfinas: os “opiáceos naturais” que induzem uma sensação de euforia e reduzem o estresse.
Serotonina: que regula o humor, o apetite e o sono.
Prolactina: além de iniciar a produção de leite após a gravidez dá sensação de satisfação após o orgasmo.
4 vantagens da atividade sexual
Saúde do coração: A atividade sexual mantém os níveis de estrogênio e testosterona em equilíbrio, o que é importante para a saúde do coração.
Melhora a imunidade: As pessoas que fazem sexo com frequência (1 a 2 vezes por semana) têm níveis significativamente maiores de imunoglobulina A, a 1ª linha de defesa do sistema imunológico e ficam menos doentes.
Alívio da dor: A atividade sexual libera hormônios que reduzem a dor e reduz ou bloqueia a dor nas costas e nas pernas, além da dor por cólicas menstruais, artrite e dores de cabeça.
Pressão sanguínea mais baixa: A atividade sexual está ligada a uma melhor resposta ao estresse e uma menor pressão arterial.
Dicas para uma vida sexual mais saudável: O que fazer e o que não fazer para ter um melhor desempenho na cama?
Isso atrapalha:
- Evite fumar ou beber álcool de forma excessiva;
- Evite medicamentos que desativam a libido;
- Reduza a ingesta de açúcar – altos níveis de açúcar na corrente sanguínea podem desligar o gene que controla hormônios sexuais, gerar deficiência de cromo e cobre, afetar a absorção de cálcio e magnésio, retardar a capacidade funcional da adrenal, reduzir níveis de vitamina E e causar envelhecimento precoce;
A infertilidade é mais frequente em casais tabagistas porque o tabagismo pode prejudicar a fertilidade por causar desequilíbrio hormonal uma vez que as substâncias tóxicas atuam na hipófise, tireóide, adrenal e testículos.
O álcool age como um desinibidor e estimulante, mas quando as doses aumentam passa a ter ação depressora do sistema nervoso, diminuindo os estímulos para ereção.
O abuso de álcool afeta a performance reduzindo os níveis de testosterona e com o tempo pode diminuir o desejo sexual e até induzir a impotência.
Como dizia Shakespeare: “o álcool provoca o desejo, mas leva embora a performance”
Isso ajuda:
- Adotar uma dieta saudável permite normalizar os níveis de insulina, influenciando todas as áreas da saúde e em especial a vida sexual (podem ocorrer problemas de ereção após os 50 anos, principalmente açúcar, gordura saturada e álcool);
- O consumo de vitaminas e minerais é essencial para a circulação sanguínea e atividade sexual;
- Atenção com a vitamina D, essencial na prevenção de placa arterial ligada à disfunção erétil;
- Atividade física regular otimiza a produção de hormônios de crescimento;
- Sono reparador
- Atenção aos níveis de estresse.
Magnésio
Mineral essencial para ativar enzimas, para a produção e liberação de substâncias vasodilatadoras que proporcionam mais energia e resistência física, rejuvenescimento, atuando como estimulante.
Combinado com o zinco e a vitamina B6, o magnésio proporciona virilidade e uma sensação revigorante, com mais energia e disposição, reduzindo a fadiga e o desânimo, além de agir sobre o sistema imunológico.
Zinco
Ação antioxidante, aumenta a produção de energia, reduz o estresse físico e mental;
Essencial para a produção de esperma e testosterona (fundamental para a libido)
Deficiência de zinco diminui a testosterona em circulação, reduzindo a vontade sexual.
Medicamentos que afetam a vida sexual do seu paciente
Anticoncepcionais
15% das mulheres que tomam contraceptivos orais relatam diminuição da libido, provavelmente porque diminuem os níveis de hormônios sexuais, incluindo a testosterona.
Há 7 vezes mais globulina, hormônio que elimina a libido, em mulheres que tomam contraceptivos orais em comparação com mulheres que nunca tomaram a pílula anticoncepcional.
Quando pararam de tomar o anticoncepcional os níveis de globulina diminuíram.
Antidepressivos inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS)
A disfunção sexual é um efeito colateral que afeta entre 30% a 80 % dos pacientes usuários de antidepressivos, porque diminui o interesse, o desempenho e até a satisfação sexual.
A disfunção sexual ocorre porque os antidepressivos diminuem os níveis de dopamina, resultando na diminuição do desejo sexual, ejaculação e orgasmo.
Nas mulheres pode impedir a lubrificação da vagina e impedir o orgasmo.
Auriculoterapia na libido feminina
Expusemos o quanto o sono é importante, o quanto a ansiedade contribui negativamente. Podemos então atuar nesses pontos. Preciso melhorar a circulação dos genitais e na auriculoterapia temos o ponto dos genitais, de circulação, que vou trabalhar questões relacionadas a libido. No caso de vaginismo, podemos usar o relaxamento muscular.
Proporcionar boas noites de sono, diminuir a ansiedade, trabalhar os genitais, tudo isso aumenta a libido. Ponto da boca também é um ponto excelente, pois a boca e os genitais femininos têm os mesmos tecidos.
O seu paciente está inserido em uma situação, ele não tem apenas uma falta de libido. Ele pode estar extremamente estressado, passando por vários problemas, não dorme bem.
O sexo não acontece apenas naquele horário à noite e pronto. O sexo acontece logo de manhã no “bom dia”, quando você trata bem, quando você tem um relacionamento com seu parceiro, o carinho, o toque, a troca. Não é só uma questão de ponto, saber o que está acontecendo com seu paciente é importante e cultivar essa questão do contexto. O seu paciente é um ser único e individual e por isso você precisa pensar nele como um todo único e individual.
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