Auriculoterapia pode ajudar no Parkinson

O Parkinson é uma doença que pode afetar qualquer pessoa, independentemente do sexo, raça, cor ou classe social, embora a tendência seja a de afetar pessoas mais idosas. Hoje vou contar para você Como a Auriculoterapia pode ajudar no Parkinson.

História e causas do Parkinson

Descrita pela primeira vez em 1817 pelo médico inglês James Parkinson, ao descrever a “paralisia agitante”, uma condição mais tarde batizada com seu nome. 

A Doença de Parkinson tem causas ainda desconhecidas, mas sabemos que acontece por uma interação entre o envelhecimento do cérebro, a genética e o ambiente. 

Esse distúrbio neurológico do movimento é progressivo e degenerativo que afeta cerca de 6 milhões de pessoas no mundo e 200 mil pessoas no Brasil.

Como doença degenerativa e progressiva, isso quer dizer que o Parkinson está em evolução e é uma condição crônica do paciente e o afeta de forma contínua e irreversível. Sua prevalência deve aumentar com o envelhecimento da população, prevalecendo em pessoas acima dos 65 anos de idade.

 

O que conhecemos sobre o Parkinson? 

Parkinson decorre da morte precoce ou degeneração dos neurônios em uma região do cérebro chamada substância nigra (ou negra), que produz dopamina, gerando rigidez muscular, lentidão dos movimentos, tremor e dificuldade para caminhar. 

A grande maioria das pessoas pensa que o Parkinson é o tremor, mas ele vai além: tem a lentidão dos movimentos e a rigidez muscular e o paciente fica com dificuldades de movimentos por conta da rigidez muscular. 

Segundo a Fundação Parkinson a genética responde por cerca de 10% a 15% dos casos. 

Fatores de Risco

  • Idade avançada, especialmente no momento em que os sintomas de Parkinson começaram; 
  • Sexo masculino;
  • Avançando para o estágio tardio da doença de Parkinson;
  • Fatores ambientais, herbicidas ou fungicidas;
  • Medicamentos; 
  • Histórico de demência (Alzheimer, Esclerose Múltipla, Parkinson) na família

Principais sintomas motores

  • Tremores nas mãos, braços, pernas, mandíbula ou cabeça;
  • Rigidez dos membros ou tronco;
  • Lentidão do movimento; 
  • Equilíbrio ou coordenação prejudicados

Atenção! Se o paciente cair, o Parkinson avança, agravando sua saúde.  

Sintomas não motores

  • Demência;
  • Dor;
  • Distúrbio do sono;
  • Suor excessivo;
  • Transtorno de humor;
  • Problemas sexuais;
  • Fadiga; 
  • Desorientação e confusão;
  • Agitação e irritabilidade; 
  • Alucinações e delírios;
  • Problemas de percepção visual;
  • Nomear incorretamente os objetos;
  • Dificuldades para encontrar palavras
  • Nomear incorretamente objetos;
  • Dificuldades para entender frases complexas

 

Parkinsonismo induzido por drogas

Medicamentos que bloqueiam a ação da dopamina podem causar sintomas da doença de Parkinson. São eles: 

  • Antipsicóticos;
  • Medicamentos contra náusea; 
  • Medicamentos que tratam distúrbios do movimento hipercinético

Embora não seja a doença de Parkinson em si, pode parecer muito com ela e na maioria das vezes os sintomas desaparecem quando o paciente cessa o tratamento com esses medicamentos. 

 

Outras alterações que podem indicar o início precoce da doença de parkinson

  • Constipação intestinal – começa 10 anos antes;
  • Hiposmia – não sentir cheiro – afeta 90% dos pacientes;
  • Sono agitado – com gritos à noite, movimentos bruscos com chutes e socos

Auriculoterapia pode ajudar no Parkinson

Sinais para a doença de Parkinson – Pesquisa da Universidade Queen Mary de Londres

  • A perda auditiva foi uma descoberta recente, ocorrendo até 5 anos antes do diagnóstico de Parkinson; 
  • O prejuízo no processamento sensorial pode se manifestar de diferentes maneiras: através da visão, audição ou até olfato;
  • Tremores – contrações musculares involuntárias – foram encontradas até 10 anos antes do diagnóstico, tornando-se mais frequentes nos dois anos que antecederam um;
  • Problemas de memória podem aparecer até 5 anos antes do diagnóstico; 
  • A doença está associada a comorbidades como pressão alta, pressão baixa, diabetes, constipação, depressão e disfunção erétil; 
  • Afeta o sistema gastrointestinal, o sistema urinário genital, o sono e a cognição. 

Uma matéria do site Medscape destaca o aumento de 500% do risco da doença de Parkinson associado a um produto químico comum: 

 Tricloroetileno (TCE): é um solvente não inflamável, volátil, incolor e de odor levemente adocicado, amplamente utilizado na extração de gorduras, óleos e ceras. pela indústria de transformação de tecidos para limpar algodão e lã; em operações de limpeza a seco; como componente de adesivos, lubrificantes, tintas e vernizes. 

ele causa perda de neurônios dopaminérgicos quando absorvida por inalação, pelo toque, pelo ar contaminado e pelo consumo de água de lençóis freáticos contaminados. 

O que acontece no organismo? Os neurônios dopaminérgicos são sensíveis às substâncias neurotóxicas, que se distribuem imediatamente no cérebro e nos tecidos do corpo e podem causar disfunção mitocondrial. 

Segundo a revista The Harvard Gazette, acredita-se que até 40% dos casos de demência estejam ligados a fatores de risco potencialmente modificáveis, como a exposição a poluentes atmosféricos.

A exposição a partículas finas de poluentes atmosféricos pode aumentar o risco de desenvolver demência, de acordo com uma nova meta-análise da Harvard TH Chan School of Public Health. 

 

Vantagens da Auriculoterapia Neurofisiológica na doença de Parkinson

  • Esteja atento, você pode ser o primeiro a identificar os sintomas e encaminhar ao especialista; 
  • Atuação nas habilidades verbais, cognitivas e motoras; 
  • Melhora da ansiedade, depressão, humor e atenção; 
  • Baixo custo da técnica;
  • Não tem efeitos colaterais e não gera dependência;
  • Oferecer dignidade ao paciente e maior conforto aos familiares e ao cuidador.

 

Vitamina B12 e Parkinson


A neuroalimentação é fundamental. Com ela, há potencialização dos resultados da auriculoterapia.
Novos achados sugerem que a vitamina B12 possa ter uma papel protetor contra a doença de Parkinson, a progressão da esclerose lateral amiotrófica (ELA) e a gravidade da esteatose hepática. 

No Congresso Internacional da Doença de Parkinson foram apresentados resultados de um estudo feito com mais de 80 mil mulheres e quase 50 mil homens. 

A análise avaliou informações sobre alimentação, suplementação e ingestão total de ácido fólico, vitamina B6 e vitamina B12 ao longo de cerca de 30 anos. 

Os participantes com maior ingestão total de vitamina B12 tiveram menor risco de doença de Parkinson. Eles encontraram uma relação entre o consumo da vitamina B12 e o diagnóstico da doença de Parkinson e os resultados respaldam um possível efeito protetor do consumo precoce dessa vitamina que atua na síntese dos neurotransmissores e na proteção das células neurais. 

Alimentos ricos em B12 são: carne bovina, ovos, peixe, leite e derivados. 

 

Como a Auriculoterapia Neurofisiológica pode auxiliar o paciente com doença de Parkinson? 

Pela rigidez muscular que o Parkinson causa, podemos usar o ponto de relaxamento muscular.

Se o paciente possui problemas neurológicos, usaremos pontos neurológicos como o ponto do encéfalo, por exemplo. O ponto do intestino grosso também vai auxiliar na dopamina.

Trabalhar a disposição, o poder de foco, a cognição do paciente é importante. Nesse sentido, o ponto que pode ser utilizado é o ponto frontal, pois a parte frontal do cérebro é responsável pela concentração, decisões e cognição.

Alguns pacientes podem apresentar depressão, fadiga e outros não. Então, é necessário buscar a história do paciente para decidir o protocolo. 

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Referências:
GAZETTE, The Harvard. Disponível em: https://news.harvard.edu/gazette/
HEALTH. Disponível em: https://www.health.com/condition/parkinsons-disease/parkinsons-disease-symptoms
HEALTH. Disponível em: https://www.health.com/condition/parkinsons-disease/parkinsons-disease-dementia
HEALTH. Disponível em: https://www.health.com/condition/parkinsons-disease/parkinsons-disease-hearing-loss-epilepsy
MEDSCAPE. Disponível em: https://portugues.medscape.com/verartigo/6509367
PARKINSON, Associação Brasil. Disponível em: https://www.parkinson.org.br/

Escrito por,

Lirane Suliano

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