Os cuidados paliativos são aplicados nos casos de pacientes em casos graves em que já não há mais possibilidade de cura, mas entregar dignidade ao paciente e aos seus familiares. E nesse quadro como a Auriculoterapia pode auxiliar os pacientes que necessitam de cuidados paliativos? Como podemos oferecer mais qualidade de vida para esses pacientes? A Auriculoterapia Neurofisiológica nos cuidados paliativos é o nosso tema de hoje.
De onde vem o conceito de cuidado paliativo?
O Movimento Hospice Moderno surgiu em 1967 com a Dra Cicely Saunders, fundadora do St. Christopher’s Hospice. São Christopher é o padroeiro dos peregrinos. “Hospice” é uma palavra de origem francesa, que na Idade Média era o local onde os peregrinos eram atendidos.
“Ao cuidar de você no momento final da vida, quero que você sinta que me importo pelo fato de você ser você, que me importo até o último momento de sua vida e, faremos tudo que estiver ao nosso alcance, não somente para ajudá-lo a morrer em paz, mas também para você viver até o dia de sua morte. Observamos na fala da Dra Cicely Saunders que o cuidado com o indivíduo é para que ele tenha uma vida de qualidade até que a morte chegue.” Cicely Saunders
Cuidados paliativos segundo a OMS
É uma abordagem que promove a qualidade de vida de pacientes e seus familiares, que enfrentam doenças que ameacem a continuidade da vida, por meio da prevenção e do alívio do sofrimento.
Requer identificação precoce, avaliação e tratamento da dor e outros problemas de natureza física, psicossocial e espiritual.
O objetivo não é curar.
Os cuidados paliativos também podem ser denominados como cuidados de conforto, cuidados de suporte e gerenciamento de sintomas.
A palavra “paliar” – do latim “pallium” – significa proteger contra o sofrimento gerado por uma doença incurável.
O relatório da Organização Mundial de Saúde, mostra que:
- Mais de 20 milhões de pessoas precisam de cuidados paliativos todos os anos, no mundo inteiro;
- Somente 10% dos que precisam dos cuidados paliativos no mundo recebem o tratamento;
- O número total de pessoas que necessitam do tratamento pode subir para 40 milhões se forem incluídos os pacientes nos estágios iniciais de suas doenças;
- Crianças representam 6% desses pacientes;
- ⅓ dos pacientes que recebem cuidados paliativos sofre de câncer. A cada ano 4,8 milhões de pessoas sofrem de dor moderada ou forte por causa desses tumores e não recebem nenhum tratamento.
Objetivos dos cuidados paliativos
- Aliviar o sofrimento
- Promover a dignidade
- Cuidar da vida até o seu fim
Cuidados paliativos e auriculoterapia neurofisiológica
- O cuidador precisa ter consciência de que a doença grave e incurável em progressão e vai levar a pessoa ao sofrimento e à morte;
- As medidas curativas não são mais consideradas uma opção;
- Mesmo uma pessoa acometida de uma doença grave pode ainda ter um período bastante longo de vida, e nesse período pode estar sentindo fortes dores e os cuidados paliativos são fundamentais.
- Ouvir o paciente e permitir que expresse emoções e sentimentos, cuidado primeiro e fundamental;
- Oportunidade ímpar de aprender com alguém que está deixando a vida – todos passaremos por isso um dia;
Honrar o paciente e cuidar com o que você diz. Seja positivo a todo momento; - Hidratação constante – ele não tem sede;
- Ajudar o emocional do paciente e da família;
- Durante o tratamento, a família adoece junto, sofre junto e continua sofrendo depois;
- Conforto e bem-estar do paciente – alívio da dor e gerar alegria num momento tão difícil;
- Manter a força e a energia do paciente melhorando a qualidade de vida dele;
- Humanização, vivendo ativamente até a morte;
- Resgate da dignidade;
- Potencializar os efeitos ou reduzir o uso dos medicamentos – o que pode fazer uma enorme diferença na qualidade de vida em razão dos efeitos colaterais
Relatório da Organização Mundial da Saúde sobre o câncer
É um grave problema de saúde pública, sendo a segunda causa de morte na população, principalmente em países em desenvolvimento:
- Até 2023, teremos 20 milhões de novos casos;
- Em 2030, teremos 27 milhões de novos casos;
- 17 milhões de mortes
- 75 milhões de pessoas diagnosticadas;
- No mundo os principais são: pulmão, mama, intestino e próstata;
- No Brasil: próstata e mama.
A dor está presente de forma intensa em 50% a 75% dos pacientes oncológicos. A dor é a causa mais comum de sofrimento e incapacidade. Ocasiona grande desconforto e interfere diretamente na sua qualidade de vida, sendo o sintoma mais frequente em pacientes sob cuidados paliativos.
A dor física impede a sensação de plenitude da vida, retirando a humanidade e a dignidade. Portanto, a prioridade é aliviar os desconfortos físicos para proporcionar uma morte serena, sem dor e sem sofrimento. Oferecer isso ao paciente será uma enorme realização profissional e um aprendizado de vida.
Sofrimento físico – atuação da Auriculoterapia Neurofisiológica
- Dor severa;
- Distúrbios do sono;
- Fadiga, pode chegar a 95% no câncer;
- Perda do apetite;
- Náusea e vômito, mais de 50% dos casos de cuidados paliativos;
- Incontinência, constipação ou diarreia;
- Boca seca;
- Sudorese;
- Convulsões;
- Alterações gastrointestinais;
- Pirose;
- Soluço;
- Feridas;
- Delirium e vertigem;
- Dispneia
Sofrimento psíquico – atuação da Auriculoterapia Neurofisiológica
- Ansiedade;
- Depressão;
- Tristeza;
- Insegurança;
- Irritabilidade;
- Desespero;
- Perda da dignidade;
- Solidão;
- Medo de se tornar um estorvo;
- Medo de ser abandonado
Sendo assim, profissionais da auriculoterapia podem fazer a diferença na vida dos pacientes que precisam de cuidados paliativos, trazendo qualidade de vida, alegria e dignidade para ele e sua família. Fundamental ressaltar a importância do atendimento aos familiares nesse momento tão delicado e o auriculoterapeuta poderá atuar nesse equilíbrio.
Saiba mais sobre auriculoterapia e aprenda quais os benefícios que ela pode te entregar, adquira agora mesmo o meu Treinamento Ponto a Ponto e o Atlas da Auriculoterapia de A a Z. Não deixe de acompanhar nossos vídeos no YouTube.