O termo ‘esclerose’ deriva do grego e significa cicatrizado ou endurecido, uma característica da esclerose múltipla nas áreas em que houve destruição da mielina no sistema nervoso central. ‘Múltipla’ refere-se ao número de vezes em que essas lesões se repetem. Com isso, hoje vamos falar sobre “Como tratar esclerose múltipla sem medicamentos”.
Jean Martin Charcot, neurologista francês, descreveu a esclerose múltipla pela primeira vez em 1868, depois de notar o acúmulo de placas na substância branca do cérebro e na medula espinhal em pacientes com episódios intermitentes de disfunção neurológica.
A esclerose múltipla (EM) é uma doença crônica, autoimune, desmielinizante, inflamatória que afeta o sistema nervoso central (encéfalo e medula espinhal).
É a mais comum doença autoimune do sistema nervoso central, em que o sistema imunológico ataca a bainha de mielina dos neurônios, que funciona como a capa de um fio elétrico que, quando perdida, acaba gerando dano na função do neurônio.
Precisamos lembrar que os neurônios são células responsáveis por transmitir impulsos ao cérebro e quando a bainha de mielina é atacada ocorre um processo inflamatório que atinge diversas partes do SNC, ocasionando sintomas diversos dependendo da área acometida.
Nessa doença a pessoa apresenta sintomas de piora em diferentes momentos da vida, com inflamações atingindo diferentes áreas do cérebro e da medula espinhal e os sintomas resultam da interrupção do impulso nervoso nos tratos mielinizados do SNC.
A condição atinge geralmente pessoas jovens, entre 20 e 40 anos de idade, sendo mais predominante em mulheres e caracteriza-se por períodos de crises (surtos) seguidos por período de remissão/ recuperação.
Alguns exemplos do que ocorre dependendo da área acometida:
- Se afeta a mielina de um nervo que vai para os olhos há uma perda visual;
- Se afeta a mielina de um nervo da perna há dificuldade para andar;
- Se afeta a mielina que vai para o cerebelo há alteração de coordenação.
A desmielinização disseminada no cérebro e na medula gera múltiplos déficits neurológicos, com remissões e exacerbações que gradualmente levam à incapacidade.
As agressões inflamatórias são crises, então há uma inflamação, um sintoma, que dura de 4 a 8 semanas e depois melhora espontaneamente, especialmente nos anos iniciais da doença e os sintomas são facilmente confundidos com situações mais leves.
Um formigamento, por exemplo, pode ser conectado ao estresse, a perda de força ao cansaço, o embaçamento visual a uma virose, a falta de equilíbrio à labirintite e com a melhora espontânea muitos não se aprofundam na busca por um diagnóstico.
Mas, com o passar dos anos, consequências e sequelas neurológicas irreversíveis podem se acumular.
Doenças com grave impacto social e econômico
- Apesar de ser considerada rara, apresenta um enorme impacto social e financeiro no mundo.
- Nos Estados Unidos, por exemplo, ela é a primeira causa de incapacidade física e aposentadoria antes dos 50 anos de idade.
- No Brasil, é a segunda causa de incapacidade neurológica permanente abaixo dos 50 anos de idade.
- Afeta 2,5 milhões de pessoas no mundo.
- No Brasil, estima-se existir 40 mil casos.
Alguns locais no sistema nervoso podem ser alvo preferencial da desmielinização característica da doença, o que explica os sintomas mais frequentes:
- Cérebro,
- Tronco cerebral,
- Nervos ópticos, e
- Medula espinhal.
Causas da esclerose múltipla
A causa da doença ainda não é totalmente conhecida, porém, sabe-se que múltiplos fatores ambientais e genéticos estão associados com a fisiopatologia da doença.
Fatores genéticos
Predisposição genética: existem mais de 100 genes que conferem aumento de risco para a EM e os fatores ambientais podem funcionar como “gatilhos”.
Fatores ambientais
- Infecção por agentes virais e bacterianos, como herpesvírus tipo 6, vírus Epstein-Barr, retrovírus endógeno humano
- A imaturidade do sistema imunológico devido à menor exposição a agentes bacterianos e parasitas a infância é um fator ambiental associado ao aparecimento de doenças autoimunes
- Baixos níveis sanguíneos de vitamina D
- Obesidade
- Tabagismo
- Exposição a determinados produtos químicos
Diagnóstico
O neurologista é o profissional médico capacitado para fazer o diagnóstico
Os sintomas geralmente vão surgindo nessa ordem
- Fraqueza dos membros inferiores
- Distúrbios sensoriais
- Embaçamento visual, perda do brilho das cores, até perda visual e dor na movimentação ocular
- Visão dupla (Diplopia)
- Ataxia (dificuldade ou mesmo incapacidade de se manter a coordenação motora)
- Disfunção urinária
- Fadiga
- Dor
- Vertigem
- Espasmos
- Déficit cognitivos (perda de memória, déficit de atenção, dificuldade em solucionar problemas, lentidão no processamento das informações)
- Depressão (observada em 60% dos casos)
Tratamento convencional
Não há cura para a esclerose múltipla
Corticoides são utilizados para inibir a ação do sistema imunológico. Geralmente, são administrados em curtos períodos para amenizar sintomas, como perda de visão, de força ou de coordenação.
Medicamentos para controle do sistema imunológico: dificultam o ataque das células de defesa à mielina e ajudam a evitar crises.
Células tronco: transplante
Tratamento com auriculoterapia
Que pontos não podem faltar?
Não posso deixar de perguntar ao paciente se o intestino dele está funcionando corretamente, pois mais da metade das células de defesa estão nele. Fazendo o intestino do paciente funcionar, também estou equilibrando os níveis de dopamina e serotonina que são responsáveis pelo bem estar. Irá agir no ânimo do paciente, melhora o humor do paciente, além dos processos inflamatórios. Sendo assim, o ponto do intestino grosso é essencial. Não vou deixar de colocar os pontos do encéfalo, tronco cerebral também. Se o paciente estiver com problemas de equilíbrio, vou utilizar o cerebelo. Por ser uma doença inflamatória, uso pontos anti-inflamatórios. Evito usar o ponto da imunidade, pois não quero estimular nada. De acordo com os sintomas e conversas com outros especialistas, também vou construindo o protocolo para auxiliar na qualidade de vida do paciente.
Referências
https://amigosmultiplos.org.br/esclerose-multipla/
https://www.pfizer.com.br/noticias/ultimas-noticias/esclerose-multipla-entenda-mais-sobre-doenca
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