Vício em jogos eletrônicos é o caso de saúde pública em muitos países. Especialistas aconselharam Organização Mundial da Saúde a considerar o exagero como transtorno mental. Além disso, um estudo mostra efeitos do vício em video games no longo prazo. As pessoas estão começando a perceber que tem algo que está atrapalhando.
Transtorno por videogame é reconhecido como problema mental pela OMS. Por isso, hoje vamos falar sobre “Como tratar o vício em videogames?”.
A OMS incluiu o transtorno por videogame como doença mental na edição da CID-11. Portanto, o descontrole pode prejudicar relacionamentos, diminuir a produtividade no trabalho e afastar indivíduos de suas famílias e daqueles que amam.
Então, a pessoa passa a viver em uma outra realidade. Eu vejo assim, é como se a pessoa quisesse fugir da realidade aí ela entra em um outro universo.
Estudo da Universidade de Brigham Young, nos Estados Unidos, para descobrir se o vício em videogame é real (Publicada pela Associação Americana de Psicologia)
- Durante 6 anos, os cientistas analisaram em 385 adolescentes fãs de videogame, os sintomas como depressão, ansiedade, agressão, delinquência, empatia, sociabilidade e timidez.
- Para 90 % dos jogadores, os games são apenas um passatempo divertido.
- 10% deles podem se tornar viciados, com consequências de longo prazo para a saúde mental, social e comportamental.
- Segundo a pesquisa o vício é caracterizado pelo tempo excessivo gasto jogando videogame, pela dificuldade em parar de jogar e pela interrupção de outras atividades saudáveis devido aos jogos.
Vício como um problema real
- No reino Unidos existem clínicas privadas para o tratamento do distúrbio por videogame
- Na Coreia do Sul, Japão e China criaram dispositivos para limitar o uso excessivo dos games.
- Em São Paulo, o programa de Dependências Tecnológicas do Instituto de Psiquiatria do Hospital de Clínicas já atendeu a 400 pacientes em 11 anos de existência.
3 condições negativas que o vício causa, segundo a OMS:
- Não ter controle da conduta de jogo quanto ao início, frequência, intensidade, duração, finalização e contexto em que se joga. Eu não quero parar, eu não consigo parar, alguns não tomam banho, alguns não comem ou comem na frente do jogo.
- Priorizar os jogos em relação a outros interesses vitais e atividades diárias como: trabalho, estudo, atividade física, asseio, pegar sol e relacionamentos. Então, estão acabando com casamento, namoro, relacionamentos, relação profissional. Jogar videogame em excesso, estar viciado, pode sim ser um problema.
- Manter a conduta ou aumentar a frequência apesar da ocorrência de consequências negativas. Assim, pode ocorrer um padrão de comportamento de gravidade suficiente para causar uma deterioração significativa nas áreas de atuação pessoal, familiar, social, educativa, ocupacional e outras áreas importantes.
A pessoa sabe que pode encarar diversas consequências, como ser demitida ou ter notas baixas na escola e até tem sentimento de culpa por isso, mas continua com a conduta indevida.
Não é algo somente de crianças e adolescentes, assim também se dá na vida adulta.
O problema é que estamos no meio de uma pandemia e isso favorece, porque o videogame surge como entretenimento nesse momento. Muitos conversam com seus amigos através do jogo.
Análise do vício
Perfil da pessoa viciada
- A maioria dos dependentes de jogos online é do sexo masculino, adolescente ou adulto jovem;
Fatores de risco:
- Jovens mais impulsivos, com dificuldade de convívio social, baixo nível de empatia e baixa capacidade de lidar com as emoções têm mais chance de se tornar dependentes de jogos.
É ou não vício?
- O uso excessivo de internet ou de jogos não é, por si só, uma dependência. O problema é quando prejudica o desempenho escolar, o convívio social e outras atividades. Outro sintoma é o aumento da necessidade de horas de jogo para obter o prazer.
Características que favorecem o vício em geral
Esta informação é muito importante. Porque há muitas mães e pais que podem ter uma informação extra para poder ajudar o seu filho ou filha.
Baixa autoestima: jovens com baixa autoestima podem encontrar no videogame uma habilidade em que é bom e se apegar àquilo para se auto afirmar perante o grupo e a para si mesmo.
Impulsividade: Indivíduos impulsivos têm certa predisposição a manifestar compulsão por jogos, comida, álcool, drogas e sexo. Porque, para eles, esse “prazeres” suprem suas necessidades interiores.
Dificuldade em socializar: A dificuldade em socializar, manter relações profundas e duradouras com outras pessoas, timidez excessiva e transtornos mentais, como depressão, ansiedade. Assim, podem fazer do vício uma válvula de escape para o dependente.
Em alguns casos, ele pode acreditar que a vida online e virtual dos jogos é mais interessante.
Pode não ser vício, mas ansiedade.
Pode não ser um vício, mas uma maneira das pessoas fazerem algo sem estarem viciadas. “É o que tem de bom pra fazer”.
De acordo com a OMS, mesmo com a identificação dos três critérios estabelecidos, não é possível afirmar que uma pessoa é viciada em jogos.
Assim, a partir do momento que a pessoa abandona coisas que ela gostava de fazer para jogar, ou até mesmo uma questão de higiene pessoal, aí é preocupante.
Alguns grupos dizem que “se um cara é bom no jogo, se ele está no topo, esse não toma nem banho”. Ou seja, a pessoa que deixa o asseio pessoal de lado para jogar, ela é considerada herói ou heroína dos players.
Às vezes, o que ela tem é um quadro de ansiedade, uma tentativa de fugada realidade ou um problema de relacionamento social que a faz recorrer aos games como válvula de escape.
Por que os jogos viciam?
- O vício pelo jogo acaba sendo bioquímico, libera serotonina e dopamina.
Deste modo, ativam o sistema de recompensa: o início em geral é mais fácil para atrair os jogadores. que vão ganhando prêmios quando avançam de nível.
Jogos e dopamina
- A liberação de dopamina dá uma sensação de prazer, euforia, recompensa.
- A dopamina é um neurotransmissor responsável por trazer sensação de prazer a uma região do cérebro motivada por recompensa.
- Toda vez que você faz alguma coisa que te dá prazer, o cérebro libera uma descarga de dopamina. Só que em alguns casos, o cérebro fica obcecado por essas descargas e passa a procurar, cada vez mais, situações que liberem mais e mais dopamina.
- Isso gera os vícios de maneira geral.
- Essa reação bioquímica dentro do cérebro, faz com que a pessoa queira viver aquela experiência outras vezes.
- Mas cada vez é necessária uma dose maior.
O problema está quando o jogador interfere na vida de outras pessoas ou abandona a própria vida em prol do jogo ou qualquer outro vício. Por isso é necessário perceber e intervir antecipadamente. Então, o excesso é o problema.
Assim, os pais e responsáveis precisam intervir na rotina de jogo no sentido de impor limites e delimitar regras: se está com tarefas em dia, notas altas, o videogame pode estar disponível, se não não.
- Jogo em equipe: em alguns jogos, os desafios são em equipe, o que faz com que um jogador se sinta responsável pelo outro, e ao mesmo tempo impede que um deles deixe o jogo para não deixar os outros na mão, ou gera o receio de não sair e não conseguir voltar para aquela equipe, pois a vaga pode ter sido preenchida, fazendo com que as equipes permaneçam jogando por horas.
- Interpessoal: os jogadores se comunicam em tempo real. Assim, essa interação funciona também como rede social, numa espécie de convívio social virtual, especialmente em tempos de pandemia e isolamento social.
Outros problemas
- Postura inadequada;
- Problemas de audição
- Síndrome do olho seco: os olhos ficam irritados parecendo conjuntivite;
- Obesidade;
- Ausência de vida afetiva, social e até profissional.
Jogando e comendo mal
De modo geral, os alimentos utilizados pelos jovens não são adequados: comem pouco, comem mal, poucas fibras (vegetais e frutas) e ingerem alimentos inadequados (muito sal, muito açúcar). Então, consomem pouca água e muita bebida açucarada.
Agora vamos ao ponto. Como tratar o vício em videogames?
- Ter clareza quanto ao problema;
- Ter tempo intencional com os filhos: a interação social com a família é importante. Pode adicionar jogos de tabuleiro, dominó, entre outros, para que a família tenha interação.
- Inserir jogos e brincadeiras;
- Atividade física;
- Hidratação;
- Alimentação adequada para fornecer serotonina e dopamina do organismo – alimentos integrais, frutas e verduras.
Pontos de Auriculoterapia
- Ansiedade: pois a pessoa quer sair da realidade, posso assim trabalhar o emocional;
- Vício (bilateral);
- Psiquismo: se estiver fora do controle.
Acima de tudo, temos que identificar a causa, o que o paciente precisa: atenção, carinho etc. Assim, dependendo da faixa etária consigo perceber. Consigo falar com o paciente de forma séria. Não podemos nos omitir a não enfrentar uma discussão. Temos sim que colocar as coisas na mesa.
Muitos pacientes vão mal na escola mesmo sabendo que podem colar na internet. Seria um descaso consigo mesmo.
Assim, se houver muito excesso nos jogos online, os pais e responsáveis precisam colocar limites.
Então, quando o vício prejudica os adultos é necessário ter uma conversa séria e quem sabe mostrar para essa pessoa que há maneiras de buscar na realidade o que ela busca na vida online.
Deste modo, limitar as crianças e adolescentes é uma maneira de evitar que eles se tornem adultos que não conseguem ver os limites do jogo ou outros vícios como cigarro, bebida e outros, tornando-se assim, viciados e que possam precisar de um tratamento mais profundo.
Sabemos que esse tipo de vício já existe há muito tempo, no entanto com o advento da pandemia isso se agravou. Crianças e adolescentes estão enclausurados, assim não podem sair para festas e outras diversões como em um tempo sem pandemia.
A questão não é deixar de jogar, mas sim ter um equilíbrio, ter tempo para outras coisas também.
Então, cuidar é preciso para não deixar a situação evoluir para a fase adulta e a pessoa se tornar irresponsável ou que perde a conexão consigo e com as pessoas próximas.
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