Segundo a 9ª edição do Atlas da Federação Internacional de Diabetes, cerca de 537 milhões de adultos com idades entre 20 e 79 anos vivem atualmente com diabetes, o que equivale a 1 em cada 10 indivíduos. Estima-se que o número aumente para 643 milhões até 2030 e ultrapasse os 780 milhões até 2045. A triste realidade é que 3 em cada 4 adultos com diabetes residem em países de baixo e médio rendimento. Hoje falaremos sobre o tratamento da diabetes pela Auriculoterapia Neurofisiológica.
Em 2021 foram quase 7 milhões de mortes causadas pela diabetes, o que corresponde a 1 morte a cada 5 segundos. A diabetes gerou despesas de saúde na casa dos 966 bilhões de dólares, registrando um aumento de 316% de casos nos últimos 15 anos.
Números da diabetes no Brasil
No Brasil, as estatísticas são alarmantes, com aproximadamente 16 milhões de pessoas vivendo com diabetes, metade das quais desconhece sua condição. Só em 2021, a diabetes custou a vida a 214.000 pessoas com idades entre 20 e 79 anos.
Compreendendo o Diabetes Mellitus
A insulina, hormônio produzido pelo pâncreas, regula os níveis de glicose no sangue.
Na sua essência, o Diabetes Mellitus é uma síndrome metabólica caracterizada pela insuficiência de insulina ou pela incapacidade dessa insulina introduzir glicose nas células, causando a elevação dos níveis de açúcar no sangue (hiperglicemia).
Decodificando a glicose no sangue (glicemia)
Ao contrário da crença popular, a glicose, a principal fonte de energia do corpo, é derivada não apenas da ingestão diária de açúcar, mas também dos carboidratos presentes em alimentos como pão, frutas, massas e batatas, convertidos em glicose.
O trio de hormônios do pâncreas
O pâncreas produz três hormônios essenciais para o metabolismo da glicose:
Insulina: reduz os níveis de açúcar no sangue, transportando o açúcar para as células.
Glucagon: eleva os níveis de açúcar no sangue, estimulando o fígado a liberar seu conteúdo de glicose.
Somatostatina: inibe a liberação de insulina e glucagon com base nas necessidades do corpo.
Desafios da administração de insulina
Embora a insulina desempenhe um papel fundamental no metabolismo da glicose, ela não pode ser administrada por via oral porque seria degradada no estômago. Sendo assim, é injetada sob a pele, normalmente no braço, coxa ou abdômen. A insulina inalável também é uma opção para quem é avesso às injeções.
Determinantes dos níveis de glicose no sangue e diagnóstico
Vários fatores influenciam os níveis de glicose no sangue, incluindo ingestão de alimentos, atividade física, estresse, infecções, medicamentos e a hora do dia.
O diagnóstico de diabetes envolve três testes principais:
- Nível de açúcar no sangue em jejum maior ou igual a 126 mg/dL após jejum de 8 horas.
- Nível casual de açúcar no sangue (> 200 mg/dL) a qualquer hora do dia em pacientes sintomáticos.
- Nível de açúcar no sangue > 200 mg/dL duas horas após um desafio oral de glicose de 75 gramas.
Tipos de diabetes
O Ministério da Saúde classifica o diabetes em quatro tipos:
Tipo 1: doença autoimune em que o próprio organismo provoca a destruição das células produtoras de insulina (afeta cerca de 10% dos indivíduos, predominantemente jovens).
Tipo 2: resulta da resistência à insulina, sendo responsável por 90% dos casos de diabetes, muitas vezes em adultos ou pessoas com sobrepeso, sedentárias e sem hábitos saudáveis.
Diabetes Gestacional: devido às alterações hormonais durante a gravidez, a ação da insulina pode diminuir, persistindo potencialmente após o parto.
Pré-diabetes: caracteriza-se por níveis elevados de açúcar no sangue que ainda não atendem aos critérios de diabetes, mas indicam risco de desenvolvimento da doença.
Sintomas e tratamento
Sintomas de diabetes tipo 1:
- Micção frequente
- Sede constante
- Perda de peso
- Fraqueza
- Fadiga
- Náusea e vômito
Tratamento do diabetes tipo 1:
Requer mudanças no estilo de vida, incluindo dieta saudável, atividade física, injeções de insulina e monitoramento frequente da glicose.
Sintomas de diabetes tipo 2:
- Infecções frequentes
- Alterações visuais (visão turva)
- Cicatrização lenta de feridas
- Formigamento nos pés
- Furúnculos
Tratamento do diabetes tipo 2:
Envolve mudanças no estilo de vida, incluindo perda de peso, dieta saudável e atividade física.
Complicações do diabetes
Níveis elevados de glicose no sangue podem levar a várias complicações, principalmente devido a bloqueios vasculares. As complicações incluem:
Retinopatia Diabética: Lesões na retina do olho, levando à deficiência visual.
Nefropatia diabética: alterações nos vasos sanguíneos renais, reduzindo gradualmente a função.
Neuropatia diabética: Danos nos nervos que causam sintomas como formigamento, dormência e fraqueza muscular.
Pé diabético: As úlceras se desenvolvem em áreas feridas ou infectadas dos pés.
Ataque cardíaco e acidente vascular cerebral: maior incidência devido a bloqueios vasculares.
Infecções: O sistema imunológico enfraquecido aumenta o risco de infecção.
Principais Pontos da Auriculoterapia Neurofisiológica
O pâncreas exerce um papel central na liberação da insulina, e, portanto, na diabetes.
E na auriculoterapia neurofisiológica temos o ponto do pâncreas no atendimento ao paciente.
Além disso, problemas de circulação, metabólicos e endócrinos também precisam ser avaliados, assim como feridas, depressão e problemas de visão.
A Auriculoterapia Neurofisiológica pode auxiliar na recuperação e melhorar a qualidade de vida dos pacientes com diabetes. Alcançar resultados ideais requer não apenas proficiência em Auriculoterapia, mas também um profundo conhecimento da etiologia da doença. Este conhecimento capacita especialistas para se tornarem líderes comunitários, especialmente no tratamento de casos complexos.
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Referências
CRUZ, Hospital Alemão Oswaldo. MANUAL DO PACIENTE COM DIABETES
Disponível em: https://centrodeobesidadeediabetes.org.br/wp-content/uploads/2020/12/manual-do-paciente-com-diabetes-v5-28-12-20.pdf